Quem diria que aquele homem outrora áspero e sem levar jeito para ser pregador de boas novas, pudesse colocar-se de pé e proferir um dos discursos mais eloquentes em Jerusalém? Para muitos, Pedro não era o suficientemente preparado para assumir qualquer ministério dentro da casa do Senhor. Do ponto de vista humano, talvez nem merecesse ser chamado apóstolo, já que negou a Jesus com quem caminhou lado a lado; mesmo vendo os milagres acontecendo a cada instante.
Mas, o que pode fazer os homens, quando Deus decide exaltar (ajudar) aos desprezados anônimos desta vida? Fazendo com que se levantem e se convertam em grandes homens e mulheres capazes de influenciar uma geração completa?
Talvez muito pouco. Imaginem a cena: Um homem considerado indouto pela sociedade judaica (Atos 4.13) defendendo a outro homem – que ele prefere chamar de “esse Jesus”, que também haviam crucificado por considerá-lo um impostor.
Era o ódio dos doutores da ignorância tentando calar a voz dos átrios da sabedoria. O destemido Pedro, agora cheio do Espírito Santo, explica aos confundidos homens – presentes no dia do Pentecostes – que a manifestação do Espírito de Deus, presente naquele lugar, era o cumprimento de uma das muitas promessas que o Filho de Deus havia anunciado.
Sentindo a mesma unção que pousara sobre Jesus de Nazaré, o apóstolo faz menção de que aqueles homens – que agora estavam surpresos com o derramamento do Espírito – foram os mesmos que haviam considerado a Jesus um malfeitor, e logo o haviam crucificado.
Em outras palavras, lhes advertia a que não voltassem a cometer o mesmo erro. Haviam falhado em cada palavra dita ao Senhor, não deveriam havê-lo considerado um criminoso, muito menos cuspido em seu rosto, que pouco a pouco começava a revelar as marcas do desprezo.
“Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.”Atos 4:10-11
Aprendo que o ser humano é capaz de oferecer a cruz, símbolo de vergonha, desprezo e dor, pensando colocar um fim na historia de líderes de sucesso. Deus vendo desde os céus, resolver agir.
Ele vai lá e usa a mesma cruz e o desprezo, para ressuscitar nossas esperanças, refazer nossa história, transformar nossas dores em cânticos, nosso choro em alegria, e quando muitos pensam ser o ponto final, Deus entra com providência e muda o desfecho, acrescentando uma única vírgula, como sinal que a nossa historia ainda não terminou.
Ao vencer a cruz (desprezo, traições…) é hora de experimentar o melhor de Deus, a manifestação de sua graça, de seu favor, de seu poder absoluto sobre nós. A cruz não é o fim, é o inicio de uma vida de vitórias, de honra e abundância de bênçãos.
Crucificaram o filho de Deus, permitindo que o seu sangue escorresse pelo madeiro, ao ver sua obediência, Deus o ressuscitou só para torná-lo Senhor e Cristo (Atos 2.36).
Ao ser rejeitado (Atos 4.11) pelos homens, o Pai fez de nosso Senhor a pedra principal de um edifício que nem mesmo a força de uma tormenta é capaz de destruir.
O mesmo acontece em nossas vidas, quando estamos prestes a colocar um ponto final, o Senhor aparece e cuidadosamente acrescenta uma vírgula, mudando a nossa trajetória.
Confie nele e Ele te exaltará.
Deus abençoe,
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