sábado, 1 de março de 2014

Hospital de Caridade elege nova diretoria


Ernesto Arndt disse que, mesmo com a intervenção do município, eleição é exigida por estatuto
O Hospital de Caridade de Canguçu elegeu, na noite da última quinta-feira (27), a nova diretoria da entidade. O novo presidente é Armando Morales, e a vice-presidente é Elcie Lara. A diretoria conta ainda com membros como Cleider Pinto, Juliné Bezerra, Gilberto Coelho, entre outros. 
De acordo com Ernesto Arntd, antigo presidente do Hospital, que concedeu entrevista para a rádio Liberdade AM nesta sexta-feira (28), as eleições são exigidas por estatuto, mesmo com a intervenção do governo municipal:
– Não discutirei se a intervenção é legal ou não, porque no Brasil acontecem muitas coisas estranhas, e essa é uma dessas coisas estranhas que só o futuro irá dizer – afirmou. 
Ernesto explicou que havia duas chapas disputando a diretoria do Hospital, mas que a concorrente oficial retirou a candidatura, pois a chapa de oposição se propunha a trabalhar a favor da entidade. Apesar de alguns dos membros já terem trabalhado na gestão anteriormente, a diretoria é formada, também, por novos rostos:
– A intenção é que, mudando as caras e as pessoas, exista uma maior sensibilização do governo em alterar o sistema hospitalar de intervenção para devolver a instituição e, além disso, colocar mais recursos no hospital. 
Ernesto falou ainda sobre a criação do Conselho Comunitário, aprovado em assembleia antes da intervenção do município. Neste conselho, integrariam pessoas da comunidade que se disponham a fazer parte de comissões relacionadas às atividades do hospital. O conselho também aumentaria o número de sócios da entidade, que hoje possui 50. 
Durante a entrevista, o médico relembrou a intervenção da Prefeitura, afirmando que eles foram tratados como se fossem bandidos ou terroristas:
– Nós chegamos ao hospital, vimos quatro pessoas da Brigada e mais caminhonetes com metralhadoras – disse. 
Ele afirmou, ainda, que mesmo com um orçamento três vezes maior, o hospital permanece fazendo antecipação de receitas, que é quando a instituição pede dinheiro para pagar com o que irá receber depois:
– O que nós sabemos é que a saúde não é bem tratada por falta de recursos.  Propaganda do governo é o que é prioritário – finalizou.

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