P-58 está a caminho do Espírito Santo.

http://www.jornalagora.com.br/site/content/home/index.phpA plataforma P-58, a quarta concluída em Rio Grande, deixou nesta quarta o porto do Rio Grande, em uma operação que durou em torno de cinco horas. A manobra para desatracação da unidade, que encontrava-se atracada no cais do Estaleiro da Quip/CQG, localizado na avenida Honório Bicalho, começou por volta das 4h. Perto das 6h30min, ela desatracou e, conduzida por cinco rebocadores portuários e acompanhada por outro do mesmo tipo, seguiu pelo canal de acesso em direção à saída do porto rio-grandino. Às 9h, já estava fora dos Molhes da Barra.

A partir dos molhes, a P-58, que não tem propulsão própria, foi levada pelos cinco rebocadores portuários até o ponto chamado de Parcel do Carpinteiro, localizado a aproximadamente 32 quilômetros dos Molhes da Barra. Neste ponto, ela foi entregue para dois rebocadores oceânicos que, com o acompanhamento de um terceiro, a conduzirão até o Campo de Baleia Azul, no litoral do Espírito Santo (ES), onde será instalada. Às 15h10min, foi concluída a transferência dos cabos dos rebocadores portuários para os oceânicos e em seguida ela passou a ser rebocada em direção a seu destino, segundo a Praticagem da Barra.

Construída, em Rio Grande, pela CQG Construções Offshore e Quip, essa plataforma é do tipo FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo). Possui capacidade de produção de 180 mil barris de óleo por dia e de 6 milhões de metros cúbicos de gás/dia. Na construção desta plataforma, pela primeira vez a Quip/CQG fez a conversão parcial de um casco de plataforma em seu canteiro, em Rio Grande.

A planta de processo consiste no casco convertido do navio VLCC Welsh Venture e de módulos que foram fabricados no Brasil e integrados ao casco no estaleiro da Quip em Rio Grande. Essa unidade tem 330 metros de comprimento. Suas obras geraram, em média, 2,5 mil empregos diretos. No pico de sua execução, chegou a gerar 5 mil empregos diretos.