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“Ele chegou a falar com eles (familiares) sobre o assunto. Disse que tinha feito uma besteira”, informou ao G1 a delegada Caroline Virginia Bamberg, que ouviu os relatos dos parentes e do jovem.
A menina foi encontrada gravemente ferida e com sinais de violência sexual em um córrego em um matagal no município, na noite de sexta-feira (29). O homem, no entanto, não mencionou detalhes sobre o crime. “Ele não falou muito. Se ateve a dizer que estava sob efeito de maconha quando cometeu o ato. Não falou sobre motivação, nem nada disso”, completou a delegada.
O suspeito vivia em uma comunidade indígena no interior de Barra do Guarita. A menina desapareceu quando brincava em um campo de futebol perto da casa onde morava com os pais. A família denunciou à polícia o sumiço da criança, que foi encontrada por volta da meia-noite.
A Polícia Civil debruçou-se sobre o caso ao longo da madrugada. De acordo com a delegada, várias testemunhas relataram terem visto um homem correndo atrás de uma criança. “Com base nesses depoimentos e na descrição física que nos foi dada, levamos vários indígenas até a delegacia para ouvi-los e chegar até o agressor”, explicou. Ainda segundo a corporação, o homem era foragido da justiça. Ele foi preso e levado ao Presídio Estadual de Três Passos.
O caso chocou a população do pequeno município de pouco mais de 3 mil habitantes, a cerca de 480 km de Porto Alegre. “O crime foi muito brutal. As pessoas ficaram muito comovidas, muito chocadas. Nós levamos o suspeito para Tenente Portela porque a delegacia de Barra do Guarita estava cercada por populares. A situação estava muito tensa”, descreveu a delegada.
Ainda com vida, a menina foi levada ao Hospital Santo Antônio de Tenente Portela, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã deste sábado. A necropsia apontou que a morte foi causada por traumatismo craniano.
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